Dengo foi o disco que marcou o início valendo do selo Loop Discos. Lembro quando a menina Bibiana Petek chegou para uma reunião comigo e com o [empresário, curador, agitador cultural, formador de opinião, ex-diretor de programação de várias rádios e dono do selo] Edu Santos.
Então começamos esse trabalho, com várias tentativas de direcionamento. Era 2010 e o Criolo tinha acabado de estourar no Brasil. Fiz uma versão de Casa de Barro na onda do hip-hop de Ganja Man que ficou muito legal, mas a Bibiana não se identificou e foi pra gaveta.
Desavença pega elementos daquela estética, o cavaquinho cortado a faca no início, a mistura do eletrônico com o acústico, mas entrega a brasilidade que é natural de berço da Bibiana.
A música foi toda produzida e mixada por mim. Bibiana Petek toca cavaquinho e canta. Eu, além de programar os beats e samples, toco synth bass, violão nylon, baixo elétrico (que entra na parte final) e piano Rhodes. Também conta com a participação de Kitty Poffo na flauta, e Paulo Dorfmann no piano.
Até o momento (2019) é a música mais tocada da artista.